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CONHEÇA DIVINÓPOLIS

A cachoeira da Itapecerica (caminho de pedras na correnteza do rio, em língua tupi) foi uma movimentada passagem, no período inicial da abertura da Picada de Goiás (entre 1737 e 1744), pela qual transitaram em grandes números sertanistas, fazendeiros, padres e missionários, camaradas, índios, quilombolas, andarilhos e aventureiros, grupos de exploradores, contrabandistas, soldados e turistas, entre os mais assíduos.


Divinópolis foi fundada em 13 de janeiro de 1767, por cinqüenta famílias moradoras do sertão dos rios Itapecerica e Pará, lideradas pelo fazendeiro João Pimenta Ferreira, com o nome de Paragem da Itapecerica, para superar o rigoroso trabalho de os selvagens Candidés. Transformou-se no arraial do Espírito Santo da Itapecerica, em 24 de março de 1770, quando o sertanista Manoel Fernandes Teixeira fez uma doação de terras à igreja, destinadas a povoação.


A passagem da Itapecerica, conhecida por sua beleza e utilidade, foi palco de lutas e violentas disputas entre autoridades das Câmaras coloniais de Pitangui, São José del-Rei e Tamanduá, quando da divisão das terras do oeste mineiro. Era considerada um lugar estratégico em 1744, quando foi estabelecido o termo de São José del-Rei, e em 1789, quando se estabeleceu o termo da Vila de São Bento do Tamanduá. Desde sua fundação, até 1841, pertenceu ao município de Pitangui, sendo um dos seus principais distritos. A partir desta data, foi anexado ao município de Tamanduá até sua emancipação em 1911.


Ao apagar das luzes imperiais, o presidente da província de Minas, Teófilo Benedito Ottoni, incluiu na Lei Provincial 2.995, § 2º, de 19 de outubro de 1882, um dispositivo que mudava o nome de Tamanduá para Itapecerica, ficando Divinópolis identificada apenas com o nome de Espírito Santo.


Ferrovia e emancipação


Em 30 de abril de 1890, sob a administração do presidente estadual João Pinheiro da Silva, Divinópolis teve inaugurada a Estação de Henrique Galvão (Estrada de Ferro Oeste de Minas), que lhe deu grande impulso civilizatório, criando condições para a emancipação.


Em 30 de agosto de 1911, o presidente estadual Júlio Bueno Brandão promulgou a Lei Provincial 556, incluindo o distrito do Espírito Santo com o nome de Vila Henrique Galvão no rol dos emancipados, coroando a luta do farmacêutico Pedro Gontijo que, juntamente com advogado Francisco Ribeiro de Carvalho, o comerciante Antonio Olympio de Moraes e o padre Matias Lobato, trabalhava pela autonomia do distrito. Em 1o de junho de 1912, o município foi instalado oficialmente, e em 3 de setembro do mesmo ano (Lei 590, do presidente municipal Antônio Olympio de Moraes) mudou de nome para Vila Divinópolis, perpetuando a antiga denominação do Espírito Santo da Itapecerica.


Em 18 de setembro de 1915, sob o governo do presidente estadual Delfim Moreira, foi elevada à condição de cidade, e em 7 de setembro de 1923, pela Lei Estadual 843, do presidente estadual Raul Soares de Moura, foi-lhe anexado o território do distrito de Ermida de Campos, perfazendo seu atual contorno territorial.


Símbolos oficiais


Além do Hino Municipal, são símbolos do município de Divinópolis o Brasão e a Bandeira, criados pelo professor Agamenon José Siqueira, a partir de desenhos e sugestões apresentados por estudantes e por outros interessados, em concurso instituído pela Lei Municipal 698, de 29 de maio de 1966, do prefeito Fábio Botelho Notini.


Anos depois, o prefeito Antônio Martins, com aprovação da Câmara, sancionou a Lei Municipal 1.063, de 10 de novembro de 1973, oficializando os elementos representativos da municipalidade, onde se identificam dois históricos fatores do progresso e desenvolvimento de Divinópolis: a ferrovia e a indústria siderúrgica.


Em 1997, o prefeito Domingos Sávio oficializou a interpretação dos símbolos municipais, acolhendo projeto da Câmara Municipal que se transformou na Lei 4. 244, de 29 de setembro de 1997.


A letra e a música do Hino Municipal (cantado em algumas escolas desde 1935) é de autoria do advogado, professor,escritor e poeta José Pereira Brasil, primeiro juiz da Comarca de Divinópolis. Foi oficializado pelo prefeito Walchir Jésus de Resende Costa, através da Lei Municipal 761, de 1o de agosto de 1967.


A transcrição gráfica e o arranjo original foram feitos pela artista divinopolitana Simpliciana Brandão, violinista e professora de música.


Sua primeira execução oficial, foi na praça Benedito Valadares, em 1 de junho de 1973, com orquestra & vozes regidas pelo maestro José Geraldo Rocha, com arranjos especiais do violinista Jacinto Guimarães.


Autor: Flávio Flora